Pesquisa: Perspectivas do Colecionismo de Arte Contemporânea no Brasil


O Instituto de Cultura Contemporânea, o ICCo, tem como premissa contribuir para ampliar a apreciação e compreensão da arte e da cultura de nosso tempo, apoiando ações que proponham preencher lacunas nas análises do sistema da arte no Brasil. Esta lógica de atuação foi determinante para viabilizar a pesquisa Perspectivas do Colecionismo de Arte Contemporânea no Brasil, que busca entender esta prática em uma dimensão abrangente e inédita no País. O projeto tem por objetivo analisar o procedimento colecionista no contexto sociocultural da contemporaneidade e sua relevância no desenvolvimento do sistema da arte e da própria escrita da História da Arte. Com base em metodologia qualiquantitativa, a pesquisa é composta por um questionário de 45 questões dispostas no Google Forms, disposto no site produzido especialmente para a proposta: www.conjunturadaarte.art.br; bem como entrevistas in situ em 16 estados brasileiros.

A proposta é coordenada por Nei Vargas a Rosa, doutorando em Artes Visuais, ênfase em História, Teoria e Crítica de Arte no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, e pela professora Luciana Nunes, docente do Programa de Pós-Graduação em Estatística, UFRGS, contando com um grupo de especialistas na elaboração do questionário. A proposta tem como base outras pesquisas já realizadas, como a Plataforma Latitude, desenvolvida pela ABACT; a Collecting in the Digital Age International Collectors Survey, da AXA ART; e a pesquisa Collectioneurs d’art contemporain: Des acteurs méconnus de la vie artistique, coordenada por Nathalie Moureau, na França.

Mesmo antes de seu término e publicação, a pesquisa já tem apresentado resultados. Ela serviu de base para a produção do ciclo de debates Dinâmicas do Colecionismo de Arte Contemporânea, realizado entre 25 a 30 de março de 2019, durante a inauguração da A Casa de Cultura do Parque. Ao longo de 10 mesas, duas a cada dia, mais de 30 agentes do sistema da arte debateram aspectos reveladores do nível de profissionalismo atingido no Brasil nos processos que permeiam o colecionismo de arte contemporânea. Também foram proferidas palestras sobre a pesquisa em universidades (USP, UFES, UFMG, UFRN), galerias (Omá, Amazônia Manaus e Brota Laras), projetos culturais (10o. Prêmio Diário Contemporâneo e PixelShow – Festival Internacional de Criatividade) e na ArtRio – Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro. Além disso, a análise dos dados coletados compõem as apresentações do The Art Market and the Global South, Intenational Conference, em Lisboa, bem como faz parte do livro Researching Arts Markets: Past, Present and Tools for the Future, com capítulo na sessão The Collector.

O Instituto de Cultura Contemporânea, ICCo, face à sua missão de ampliar a apreciação e compreensão do valor da arte e da cultura de nosso tempo, tem apoiado a promoção de ações que preencham lacunas em áreas que compõem o sistema da arte no Brasil. Compreendendo a importância do colecionismo de arte para o desenvolvimento e escrita da História da Arte, o ICCo está apoiando a realização da pesquisa Perspectivas do Colecionismo de Arte Contemporânea no Brasil.

Trata-se de uma pesquisa que propõe entender o procedimento colecionista de arte contemporânea no Brasil em uma dimensão abrangente. A proposta é coordenada por Nei Vargas Rosa, doutorando em Artes Visuais, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, sob orientação de Maria Amélia Bulhões, atual presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte, e da professora Luciana Nunes, docente do Programa de Pós-Graduação em Estatística, também da UFRGS.

O objetivo é oferecer um instrumento de análise e reflexão do colecionismo no contexto sociocultural e contemporâneo das artes visuais brasileiras.

A abrangência da pesquisa cobre dez capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória, cidades definidas pelo critério de sediarem galerias participantes das principais feiras de arte do Brasil.